quinta-feira, 19 de abril de 2012

As Cocadas - Cora Coralina


AS COCADAS

Eu devia ter nesse tempo dez anos. Era menina prestimosa e trabalhadeira à moda do tempo.
          Tinha ajudado a fazer aquela cocada. Tinha areado o tacho de cobre e ralado o coco. Acompanhei rente à fornalha todo o serviço, desde a escamação da calda até a apuração do ponto. Vi quando foi batida e estendida na tábua, vi quando foi cortada em losangos. Saiu uma cocada morena, de ponto brando atravessada de paus de canela cheirosa. O coco era gordo, carnudo e leitoso, o doce ficou excelente. Minha prima me deu duas cocadas e guardou tudo mais numa terrina grande, funda e de tampa pesada. Botou no alto da prateleira.
          Duas cocadas só... Eu esperava quatro e comeria de uma assentada oito, dez, mesmo. Dias seguidos namorei aquela terrina, inacessível. De noite, sonhava com as cocadas. De dia as cocadas dançavam pequenas piruetas na minha frente. Sempre eu estava por ali perto, ajudando nas quitandas, esperando, aguando e de olho na terrina.
          Batia os ovos, segurava gamela, untava as formas, arrumava nas assadeiras, entregava na boca do forno e socava cascas no pesado
almofariz de bronze.
           Estávamos nessa lida e minha prima precisou de uma vasilha para bater um pão-de-ló. Tudo ocupado. Entrou na copa e desceu a terrina, botou em cima da mesa, deslembrada do seu conteúdo. Levantou a tampa e só fez: Hiiii... Apanhou um papel pardo sujo, estendeu no chão, no canto da varanda e despejou de uma vez a terrina.
           As cocadas moreninhas, de ponto brando, atravessadas aqui e ali de paus de canela e feitas de coco leitoso e carnudo guardadas ainda mornas e esquecidas, tinham se recoberto de uma penugem cinzenta, macia e aveludada de bolor.
           Aí minha prima chamou o cachorro: Trovador... Trovador... e veio o Trovador, um perdigueiro de meu tio, lerdo, preguiçoso, nutrido, abanando a cauda. Farejou os doces sem interesse e passou a lamber, assim de lado, com o maior pouco caso.
           Eu olhando com uma vontade louca de avançar nas cocadas. Até hoje, quando me lembro disso, sinto dentro de mim uma revolta – má e dolorida - de não ter enfrentado decidida, resoluta, malcriada e cínica, aqueles adultos negligentes e partilhado das cocadas bolorentas com o cachorro.

                                                                                              
Cora Coralina

O Caso do Bolinho




"O Caso do Bolinho "
História contada para os alunos da Escola Vereador Elio Marques de OliveiraVieira.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

O gato e a Panela.


A História Bela do Gato e da Panela

            Era uma vez um gato, esse gato vivia faminto, ele tinha tanta fome, que toda comida tinha medo do gato.
            Um dia o gato estava passeando belo, sorridente e faminto, é claro, quando de repente ele se deparou com uma panela que exalava um cheiro tão apetitoso, saboroso que na mesma hora o gato quis devorar, comer tudo o que tinha dentro da panela. Ele corria atrás da panela , corria, corria e ela nem sabia que podia correr tanto assim.
            O gato distraiu-se e a panela escondeu-se na floresta.
            O gato olhou parava direita e nada viu, olhou para a esquerda e nada viu, então resolveu se afastar e tirar uma soneca.
            Passou 1 hora, passou 2 horas...
            A panela percebeu que o perigo estava passando saiu devagar da floresta e foi lentamente na direção do gato. Chegando perto dele ergueu sua tampa, ou melhor, sua cabeça e aquele cheiro de macarrão com bolinhos de carde invadirão as narinas do gato que acordou Na mesma hora e devorou tudo o que tinha dentro da panela, pois era sua comida preferida.
            Ele lambeu a panela e Lea ficou apaixonada por suas lambidas e ele por seu brilho e beleza.
            Namoraram, noivaram, casaram e foram morar na floresta aonde tiveram seus filhotes,
            Toda noite de lua cheia eles comem macarrão com bolinho de carne e vivem felizes para sempre.
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terça-feira, 10 de abril de 2012

Descubra se for capaz!!!!!
Encontre no texto o nome de 14 animais:

Na Mata

Uma velha senhora chamada Renata morava sozinha na mata num pequeno bangalô.
Um dia, enquanto dormia, recebeu a visita de um estranho cobrador que empurrou a porta e logo entrou o mais forte que podia ele gritou:
_ Sua velha dorminhoca que só gosta de fofoca pague logo o que me deve e não me venha avacalhar oferecendo bóia ou papo barato que não vou suportar.
A velha pulou da cama com o cabelo emaranhado, calçou o sapato e, tremulando sem parar, uma celebre modinha começou a cantar.
Os bichos que estavam na mata conheciam aquela melodia e logo foram acudir a velha que morava sozinha.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Que bicho será que a cobra comeu?????





QUE BICHO SERÁ QUE A COBRA COMEU?

A COBRA COMEU UM BICHO E FICOU DORMINDO.
A LIBÉLULA VIU A COBRA E FOI VOANDO CHAMAR OS OUTROS BICHOS.
QUE BICHO SERÁ QUE A COBRA COMEU?
A PATA FICOU PREOCUPADA. FOI NA LAGOA E CONTOU TODOS OS PATINHOS. 1 -2-3-4-5
NÃO ESTAVA FALTANDO NENHUM.
O PASSARINHO FOI NO NINHO E CONTOU CADA FILHOTINO
1-2-3-4-5
NÃO ESTAVA FALTANDO NENHUM
A COELHA FICOU PREOCUPADA. FOI NA TOCA E CONTOU TODOS SEUS COELHINHOS.
1-2-3-4-5-
NÃO ESTAVA FALTANDO NENHUM
A GALINHA FOI NO GALINHEIRO E CONTOU TODOS OS PINTINHOS
1-2-3-4-    MEU DEUS
ESTAVA FALTANDO UM
QUE SUSTO VOCÊ PASSOU
ENTÃO QUE BICHO SERÁ QUE A COBRA COMEU?
O BICHO FEZ UÁÁÁ! UÁÁÁ! E A COBRA ACORDOU
O BICHO DEU UM PULO E A COBRA SE ASSUSTOU
QUE BICHO QUE PULA E FAZ UÁÁÁ! UÁÁÁ!
O BICHO FOI PULANDO
PULANDO PARA
O RABO DA COBRA
A COBRA FICOU COM DOR DE BARRIGA E FAE Â... Â...
E O BICHO
UÁÁÁ!!!
UÁÁÁ!!!
E A COBRA??
A COBRA FICOU VAZIA

Casamento da Dona Baratinha.



Oficina de Contação de Histórias.